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Dupla-Exposição é uma instalação performativa; um encontro entre dança, fotografia e música que provoca a memória do público e artistas para a capacidade humana de resistir à submissão e subverter através da criação e colaboração. A ideia é metaforicamente proposta em um jogo entre movimento, imagem e sonoridades, no qual os artistas são expostos a um grau de submissão, determinado pela regra de um jogo e são desafiados a encontrar espaços de subversão criativa, mesmo diante desta regra. Na cena, a bailarina cria movimentos em e, enquanto dança, busca conexões entre seus movimentos e determinados parâmetros relativos à técnica fotográfica - curta exposição, longa exposição, zoom e plano - e deve solicitá-los verbalmente ao fotógrafo, ao longo da composição dos movimentos. 

O fotógrafo cria as imagens a partir dos códigos solicitados pela bailarina e as projeta em tempo real na cena. O músico, por sua vez, deve produzir sonoridades capazes de dialogar com os códigos fotográficos solicitados verbalmente pela bailarina - também visíveis nas imagens fotográficas projetadas - e com os movimentos que ela cria em cena, compondo articulações entre eles. A ordem dos códigos fotográficos, solicitados pela bailarina e registrados pelo fotógrafo, cria um encadeamento de imagens que chamamos de partitura. As partituras de imagens produzidas em cada jogo, gera a possibilidade de criação de diferentes mosaicos audiovisuais, dando origem a um novo produto artístico. Dupla Exposição é uma experiência de fluidez entre subversão e submissão que ganha o melhor resultado estético para a composição da partitura audiovisual quando os jogadores encontram estratégias de criação singulares na colaboração com o outro.

concepção: Andréa Sério e Cayo Vieira
direção: Andréa Sério
com Claudia Fantin, Cayo Vieira e Vitor Bertoldi

realização: Nó movimento em rede, em parceria com o projeto de extensão Limites em movimento: corpo em questão – Unespar.

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